segunda-feira, 1 de março de 2010

Combater o Stress em Familia

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Para acabar de vez com o STRESS



Para saber mais veja o nosso consultório em SAPO SAÚDE

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Perturbação de Pânico

Autor: Nuno Mendes Duarte
Quantas vezes, hoje, já levou a atenção ao seu coração? Esta é uma pergunta que lhe pode soar estranha ou, por outro lado, soar-lhe familiar. Não me estou a referir à sua condição cardíaca. Estou a perguntar-lhe se anda preocupado com as recentes manifestações de ansiedade que tomaram conta do seu coração. Como se já não confiasse tanto nele, tivesse perdido um pouco do controlo e o medo de que ele falhe se tenha apoderado de si. Hoje quero falar-lhe de Perturbação de Pânico


Se fosse descrito em tempo real, provavelmente soaria assim: Alto! Atenção ao coração. Que onda é esta que me percorre? Parece que o ritmo se tornou estranho, descompassado, passado, assustado, destravado… STOP! Quero que ele se acalme, mas ele não parece estar para aí virado. Claro que os pensamentos vêm atrás a empurrar e a minha mente começa a girar, planar, desconfiar, preocupar, catastrofizar… Começou a corrida do meu corpo a querer fugir desta sensação que se cola e se estende como uma manta que prende e, no fundo, que ninguém entende. Quero tentar disfarçar, mas como? Agora parece que já nem sei respirar. Inspiro ou expiro… ups, o ar não chega, olhem que me falta o ar, este ar que não entra e este ar que sai, mas porque é que o peito teima em apertar… Ai, ai… Que ritmo, que medo, o que é que me está a dar? E mais medo, pensamentos, tormentos e afrontamentos, já sinto o chão a girar. Quero sair, fugir, gritar de onde, para onde, sei lá… daqui para ali… dali para um sítio seguro. Já, já, já não sinto os braços, as pernas, a respiração não chega o coração vai rebentar, a boca parece palha… que loucura, mas isto não pára? Vou morrer? Agora? Mas não tenho aqui ninguém? Morrer agora, ou estarei a enlouquecer… Socorro, quero fugir do meu corpo… Tenho pânico e o meu coração não vai aguentar.

Se já experienciou um ataque de pânico, sabe então do que lhe estou agora a falar. É difícil, incompreensível, e parece vir do nada. Eu sei. Mas garanto-lhe que quando o nosso corpo berra o melhor que temos a fazer é não ignorar, ou pensar que logo passa. Por muito que ainda não perceba porque é que ele berra (e, convenhamos, um ataque de pânico é um berro gigante do seu corpo) a verdade é que seria bom dar-lhe alguma atenção, pois estamos a falar de uma condição clínica que tende a piorar com o tempo.

Vários estudos recentes têm enfatizado a necessidade de controlar os níveis de ansiedade e stress, pois a expressão das emoções passa muito pelo corpo… e, como já dizia o António Variações “quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga”. O seu corpo é um veículo extraordinário onde fluem emoções poderosas. Quando não as expressa, ou se coloca em stress, o seu corpo cobra a factura prejudicando, inevitavelmente, o seu coração e colocando-o sob pressão, quando ele poderia estar a relaxar, aproveitando a liberdade de saborear cada batida. A boa notícia é que pode mimar o seu coração com uma intervenção psicoterapêutica eficaz que reduz os níveis de stress e ansiedade, para que não atravesse situações como a que foi descrita acima. Uma intervenção integrada entre o seu médico (que se assegura da boa forma do seu coração) e um psicólogo (que se assegura da boa forma da sua ansiedade) consiste na abordagem ideal a uma resolução equilibrada do seu problema.

Se quiser saber mais sobre como pôr o seu coração a relaxar, libertar-se da perturbação de pânico e regular o stress consulte http://www.oficinadepsicologia.com/clinica_ansiedade.htm

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Procura-se um(a) amante!

Procura-se um/uma "Amante"

Muitas pessoas têm um amante, e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam. Geralmente são estas últimas que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insónia, apatia, pessimismo, crises de choro, ou as mais diversas dores.

Elas contam-me que as suas vidas correm de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar o tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente a perder a esperança. Antes de me contarem tudo isto, já tinham estado noutros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão"... além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, depois de as ouvir atentamente, eu digo-lhes que elas não precisam de nenhum anti-depressivo. Digo-lhes que o que elas precisam é de um Amante!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem o meu conselho. Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa destas?!".

Há também as que, chocadas e escandalizadas, despedem-se e não voltam nunca mais. Às que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico-lhes o seguinte: Amante é "aquilo que nos apaixona". É o que toma conta do nosso pensamento antes de adormecermos, e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso Amante é o que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.

Às vezes encontramos o nosso amante no nosso parceiro, outras vezes, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no desporto, no trabalho, na necessidade de nos transcendermos espiritualmente, numa boa refeição, no estudo, ou no prazer obsessivo do nosso passatempo preferido...

Enfim, Amante é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir vivendo". E o que é "ir vivendo"?

"Ir vivendo" é ter medo de viver. É vigiar a forma como os outros vivem, é o deixarmo-nos dominar pela pressão, andar por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastarmo-nos do que é gratificante, observar decepcionados cada ruga nova que o espelho nos mostra, é aborrecermo-nos com o calor ou com o frio, com a humidade, com o sol ou com a chuva. "Ir vivendo" é adiar a possibilidade de viver o hoje, fingindo contentarmo-nos com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contentem com "ir vivendo". Procurem um amante, sejam também um amante e um protagonista da vossa vida...

Acreditem que o trágico não é morrer, porque afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver, por isso, e sem mais delongas, procurem um amante.

A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:
"Para se estar satisfeito, activo, e sentirem-se jovens e felizes, é preciso namorar a vida".


Texto: Dr. Jorge Bucay, psiquiatra e psicoterapeuta argentino
Livro: "Hay que buscarse un Amante".


O texto foi enviado por uma cliente da OP. Um texto para reflectir sobre a relação que tem consigo próprio

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ano Novo, Vida Nova?



Autora: Ana Magalhães


Se realmente a única coisa que acontece a 31 de Dezembro à meia-noite é o usual movimento dos ponteiros do relógio entre o fim e o início de cada dia, o culminar de um ano transporta-nos para lembranças de algo que termina e para o balanço do mesmo.
Foram acontecimentos que nos marcaram e que já não voltarão a ser vividos, pelo menos da mesma forma.
São lembranças que queremos apagar e lembranças que vamos querer memorizar para sempre.
É um tempo de reflexão sobre o passado, mas também é um tempo de reflexão sobre o futuro e sobre aquilo que gostaríamos para o ano que entra.
É tempo para focalizar os nossos pensamentos naquilo que realmente queremos.


Porque os objectivos de cada um são diferentes e porque somos todos tão diferentes, apresento aqui alguns tópicos de prioridades, sendo certo que os mesmos convidam-no(a) à sua própria reflexão que será única e certamente adequada.


  1. Passe mais tempo com quem ama
Trabalhar é uma necessidade, e em alguns casos afortunados um grande prazer, mas 2010 poderá ser um ano de mudança, onde a família e os amigos terão mais espaço na sua vida e nas suas rotinas semanais. Se for importante para si, acrescente-os na sua agenda.
  1. Desfrute da sua vida
O stress, os bens materiais e a luta contra o tempo contaminam o seu corpo, a sua mente e a sua alma. Inicie um ano mais saudável e feliz repensando quais são mesmo as suas necessidades.
  1. Saia das rotinas e aprenda algo novo
Mudar de profissão, aprender uma nova língua ou simplesmente ler um bom livro, poderão ajudá-lo a sair do marasmo que as actividades rotineiras criam. Se acha que não está a evoluir, mude.
  1. Ajude o próximo
Dar e receber é algo comum nas relações humanas, mas Dar sem esperar nada em troca poderá ser uma forma de crescimento ímpar. Não é necessário ser voluntário para ser nobre. Encontre em si mesmo como fazê-lo.
  1. Organize-se
Ao mesmo tempo que pode aprender a organizar a sua casa e o seu escritório, poderá também organizar a sua mente e as suas prioridades. Deite fora aquilo de que já não necessita, esvaziando armários e pensamentos.
  1. Tome resoluções de vida mais saudáveis
2010 poderá ser um ano de viragem, um ano em que mima mais o seu corpo. Deixe de fumar. Dedique-se a actividades que também lhe dêem prazer mas que não lhe perturbem a harmonia do seu corpo.
  1. Experiencie novas sensações
Se puder viaje frequentemente, conheça novas culturas e novos povos, mas acima de tudo, deixe o seu pensamento viajar e sonhar. O sonho e a fantasia não se pagam.
  1. Olhe pelo seu Planeta
Olhar pelo ambiente é olhar por si e pelos seus. Não desperdice recursos e recicle sempre que puder. Ensine os mais novos a preservarem o Planeta e reeduque os mais velhos, com amizade e sem atribuição de culpas. E não se esqueça do seu “planeta privado” você mesmo. Mime-se!
  1. Economize
É nas pequenas coisas que normalmente nos descontrolamos e é por aí que criamos grandes dores de cabeça. Anote todas as suas despesas, mesmo as mais básicas, para saber como poupar. A pouco e pouco, vai puder financiar os seus sonhos.
  1. Viva o momento
Viva um dia de cada vez e aproveite cada momento como sendo único e especial.
Na realidade não vai ser repetível.
Deixe-se iluminar. Deixe espaço para as surpresas... e não tenha medo se houver chuva pelo caminho.

Bom Ano para todos!!!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Já acabou?


Autora: Ana Magalhães

Com o fim do período das férias de Natal, as crianças voltam para as Escolas e para as suas rotinas.
Se por um lado a pausa do Natal sabe sempre bem, por outro o facto das férias estarem elencadas numa época cheia de compromissos conota-as para a maioria das crianças de tudo menos de relaxantes.

Os primeiros dias em casa requerem um acomodar da família, que nem sempre é fácil. Alguns pais optam por tirar férias neste período, outros têm um suporte familiar mais presente ou opções de tempos livres, mas o facto das rotinas serem quebradas pode criar tensões e tornar as férias de sonho um verdadeiro pesadelo.

Por serem as férias de Natal, os mais novos da casa andaram num período de verdadeira maratona, a correr entre supermercados e lojas repletas de gente numa azáfama desenfreada, saltaram horários e rotinas e comeram guloseimas em excesso.
No dia 24, a excitação crescia-lhes nos corpinhos e o facto de terem que jantar em família e esperar para abrir os presentes tão desejados o ano inteiro, obrigou-os a lidarem com a frustração face à não satisfação imediata dos seus desejos.Crianças e adolescentes têm nesta época que moderar a linguagem, vestir-se com mais aprumo e cumprimentar dezenas de pessoas (família dizem) que já não vêm à muito ou nunca se lembram de ter visto. E lá surge a famosa frase “estás tão grande” , mesmo que o crescimento nalguns casos já tenha parado à alguns anos.
Assim mesmo, o Natal é um tempo de partilha e alegria e uma época muito prazerosa para todas as crianças, cheia de misticismo e fantasia, onde querer é poder.
Os adolescentes acabam por poder estar mais tempo com os amigos porque nesta época estão mais consentidos e os pequeninos têm mais colo, mais mimo e mais histórias.
É tempo de amar e de sonhar, para pequenos e para grandes.

Após o Natal, nova corrida e nova viagem. Se os presentes já estão nos quartos prontos para serem usados e explorados, o tempo para disfrutá-los escasseia, porque é necessário falar com as pessoas, agradecer, e... preparar o fim-de-ano.
Novamente ultimam-se os preparativos, fazem-se as malas de quem parte e enchem-se de cheiros as cozinhas de quem fica.
É tempo de balanço para todos: “no próximo período tens que estudar mais senão acaba-se a televisão..”
“No próximo ano...”

Pois, de repente parece que que acordámos. O quê? Escola? Estudar? Já???
Os pais parece que mudaram o chip e de repente começam a dizer coisas estranhas. “Vai arrumar o quarto”, “vai arrumar a mochila”, “vai ver se tens trabalho de casa”... o que é isto?
Vou voltar a dormir para ver se o sonho continua. Ora bem, eu estava numa casa, onde havia chocolates e doces em cima das mesas, cheia de presentes, podia estar de pijama todo o dia e a ver televisão... concentro-me mas não consigo voltar ao sonho.


Dicas:

As crianças, principalmente as mais pequenas, têm dificuldade em adaptar-se abruptamente às mudanças e os primeiros dias de regresso às aulas e às rotinas podem ser pautados de momentos mais conflituosos, mas que rapidamente se disfumam.
  
-     Não se preocupe muito se nos primeiros dias o seu filho ou filha não cumprir os horários; o facto de acordar mais cedo vai permitir que o seu relógio biológico faça grande parte desse trabalho.
-         Se a criança foi inundada de presentes, deixe-a ficar com alguns (os preferidos) para que os possa explorar calmamente e retire outros que irá introduzindo a pouco a pouco.
-         A alimentação deverá voltar a ser cuidada e os excessos e guloseimas do Natal deverão desaparecer, a pouco e pouco.
-         O mimo pode continuar, q.b.
-         Se se sentir triste, porque de repente a sua casa se esvazia, e se achar que algo está errado consigo, afinal de contas à 15 dias estava à beira da loucura com a invasão da casa e agora sente um aperto no coração porque a casa está toda em ordem, não se preocupe. O amor tem dessas coisas.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feliz Natal ?


Autora: Catarina Mexia

Disfarçar a tristeza, a solidão ou o luto durante o Natal é uma situação que apenas acrescenta sofrimento à dor que sentimos. São estados de alma que, no entanto, podemos gerir melhor.


O Natal e o fim de ano são datas incontornáveis. Os seus sinais invadem-nos e subitamente o mundo que nos rodeia fica colorido com luzinhas brilhantes, o Pai Natal espreita em cada esquina e o irresistível chamamento das montras leva- nos a contemplar os desejados presentes. O Natal entra em nossa casa através da publicidade na televisão. Invariavelmente, a mensagem é de felicidade generalizada. Familiares, colegas de trabalho e amigos parecem apostados em ganhar a corrida das compras. Associado a todas estas questões está implícita a alegria e o entusiasmo antecipado de quem vai ter um grande prazer em receber aquela prenda tão desejada.

Muitos de nós acabamos por associar a noção de felicidade, quem sabe repetindo o prazer da magia dos natais da infância. São momentos mágicos, onde a harmonia familiar é reinventada, os brindes se sucedem e a esperança num futuro melhor é reafirmada. São dias especiais, dias em que é quase obrigatório estar feliz e por aí se mede a nossa sensação de integração social.

Disfarçar a tristeza. Por estar tão associada à felicidade, a quadra natalícia é uma altura em que a dor, o desgosto e a solidão não deveriam estar presentes e se tornam difíceis de gerir. A ausência de alguém muito querido é ainda mais sentida. Faltam forças para resistir à agitação familiar, para organizar a consoada e para estarmos felizes, especialmente para com os mais novos.

A pressão de ter que corresponder às expectativas dos outros, de disfarçar a tristeza para não estragar a festa ou de nos sentirmos obrigados a conviver são situações que apenas acrescentam sofrimento à nossa dor. Todavia, estas podem ser geridas com menos sofrimento.

A palavra de ordem terá que ser "protecção", permitindo-nos não fingir gostar do insuportável e deixar que os amigos e familiares conheçam os nossos sentimentos. Devemos procurar as suas opiniões, a sua ajuda sobre a melhor forma de lidar com estes momentos, porque ignorá-los não fará a dor desaparecer mas partilhá- los poderá ajudar a suportar a solidão. Fazê-lo com antecedência é também importante. Partilhar o nosso estado de espírito vai permitir que os outros ajustem as suas maneiras de agir, quebrando o tabu paralisante de não falar na perda ou na dor a ela associada.


Direito aos sentimentos. Ás crianças deveria ser autorizada a liberdade de exprimir a saudade e tristeza e de questionarem os adultos sobre a melhor forma de lidarem com a situação sem constrangimentos. A sinceridade e disponibilidade dos adultos são necessárias para que isso seja possível. Numa época em que toda a gente exibe sorrisos bem dispostos, estar triste é destoar. Contudo, todos nós podemos conquistar o direito aos nossos sentimentos dissonantes. Embora seja habitual festejar de acordo com rituais socialmente estabelecidos, estes podem cumprir-se de forma diferente, em acções que tenham significado individual, com sentido próprio, que integrem a dor e ajudem a curá-la.

Separação. O divórcio é outra das situações particularmente difíceis para viver na época natalícia. É necessário reorganizar a família, construir novas formas de celebrar e novos motivos de celebração. O círculo social transforma-se, especialmente no primeiro ano. Os amigos do outro, ou de ambos, podem já não fazer parte das relações mais próximas. As crianças continuam a esperar um Natal cheio de prendas. E o consumismo que nos caracteriza não é compatível com a perda de capacidade financeira resultante de uma separação. Boa disposição e muita criatividade precisam-se.