domingo, 29 de agosto de 2010

A Oficina de Psicologia está presente no Greenfest

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Faça Parte!

A Oficina de Psicologia foi privilegiada com um espaço de honra no GreenFest - um evento dedicado à sustentabilidade ambiental, económica e social, que vai ter a sua 3ª edição portuguesa, entre os dias 10 e 17 de Setembro.

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A nossa participação enquadra-se de 2 formas diferentes:
  • Como empresa que promove a sustentabilidade social e surge como um exemplo de gestão de elevada sustentabilidade económica

  • Assumindo a psicoterapia que pratica como uma proposta de ecologia interna que promove o bem-estar emocional em pleno respeito pela natureza bio-psico-social do ser humano.
Vamos estar presentes com 3 workshops gratuitos, e que requerem inscrição junto da organização do evento - não perca! Consulte os detalhes abaixo. Ao longo de todos os dias estaremos, também, a dinamizar um espaço dedicado à saúde mental: rastreio às perturbações da ansiedade e do humor, informação sobre saúde mental, actividades de regulação de stress e produtos que visam a aprendizagem do relaxamento.

Gostaríamos de o(a) ver e conversar consigo! Venha conhecer-nos!


Workshop de relaxamento e bem-estar

logo2 O stress é um dos principais factores a ter em causa quando falamos em saúde nos tempos modernos. É um daqueles inevitáveis da vida: em maior ou menor grau, todos sofremos dele. E se, em pequenas doses controladas pode ser um motor no nosso dia-a-dia, em doses excessivas provoca sérios problemas… Problemas cardíacos, gastro-intestinais, dores no corpo, falta de sono e apetite, ansiedade e depressão são apenas algumas das dificuldades que consistentemente aparecem associadas ao stress. E o mais preocupante é que só nos damos conta quando já estamos afectados! Aquilo que sabemos é que o melhor antídoto que temos contra o stress é o relaxamento. Se é no corpo que sentimos o efeito do stress, é a partir do corpo que também podemos combatê-lo. Neste workshop vamos desenvolver 2 técnicas que nos permitem de forma simples e rápida obter um estado de relaxamento que, utilizadas de forma regular, nos permitem desenvolver uma higiene mental suficientemente eficaz na manutenção do stress em níveis aceitáveis. E o primeiro ambiente que precisamos de equilibrar… é o interno! 


Brincar à auto-estima

img_Home_DrtWorkshop interactivo para pais e filhos

Ao longo de uma hora, venha brincar com os seus filhos, aprendendo a elevar-lhes a auto-estima e leve para casa noções práticas e simples para que, diariamente, toda a família se possa re-encontrar na partilha dos momentos que nos permitem a auto-confiança necessária a uma vida plena e livre de constrangimentos redutores do nosso potencial.


Workshop "A ecologia interna das emoções"

Recycled_heart  O nosso mundo interior é feito das cores com que pintamos por dentro as imagens que captamos do exterior. A realidade em que vivemos é, necessariamente, o resultado das emoções com que a filtramos, na mesma medida em que estas são influenciadas pelo que nos rodeia. No nosso dia-a-dia, o ritmo louco a que nos movemos raramente nos proporciona oportunidades para nos apercebermos da forma como nos estamos, de facto, a sentir. Damo-nos conta que estamos tristes porque, sem perceber muito bem porquê, desatamos a chorar. Apercebemo-nos que estamos zangados porque gritamos ou damos uma resposta ríspida a alguém que não o merece. Quando não temos a oportunidade de tomar consciência da forma como nos sentimos, perdemos a oportunidade de adaptar o nosso comportamento e circunstâncias de uma forma que esteja mais em linha com os nossos objectivos, e perdemos a eficácia na forma como nos relacionamos com o ambiente que nos rodeia. Neste workshop, vamos trabalhar a forma como nos damos consciência dos nossos estados emocionais, e do comportamento que estes originam. Porque o excesso, ou o defeito, de emoções dentro de nós são as primeiras instâncias de poluição a que nos sujeitamos no dia-a-dia.



Contribua com consciência social!

logo_96A grande maioria dos elementos da equipa da Oficina de Psicologia uniu-se para criar o projecto HAP Portugal (Humanitarian Assistance Programs), uma associação não lucrativa que visa apoiar as populações traumatizadas ou em risco de trauma, com recurso à técnica que recolhe uma das maiores eficácias no tratamento da sintomatologia traumática - EMDR.

Sendo uma associação não lucrativa, depende do voluntariado e dos donativos, para poder fazer chegar às populações carenciadas um tratamento eficaz. Ao formarmos um psicólogo em EMDR conseguimos tratar gratuitamente 25 pessoas afectadas com sintomatologia psico-traumatológica e deixamos um profissional de saúde preparado para a intervenção futura junto de quem necessite.

Sendo Portugal um país de elevada sinistralidade na estrada, a Associação HAP vai estar dedicada, em 2011, ao tratamento gratuito de vítimas de acidentes de viação. Para isso, precisamos de reunir o capital suficiente para formar psicólogos em EMDR. Junte o seu ao nosso contributo e faça um donativo - qualquer importância é importante!

Como orientação, podemos dizer-lhe que, por cada 40€ reunidos, conseguimos tratar uma pessoa. Por cada 40€, alguém poderá voltar a dormir tranquilamente, passará a ter reacções emocionais adequadas, sem as crises de angústia, revolta e desespero habituais nas vítimas de trauma, voltará a viver a sua vida livre do terror e tensão emocional que lhe impõem fronteiras restritivas. O seu donativo pode fazer a diferença numa vida inteira - partilhe connosco, psicólogos, esta imensa satisfação pessoal!

Seja bem-vindo ao NIB da HAP Portugal: 0018 0003 22977243020 42 (Banco Santander). O nosso muito obrigado em nome de todos os que vai ajudar!


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Oficina de Psicologia
Av. Paris, nº 4, 5º
Lisboa, 1000-228 Lisboa


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Mito do Corpo Perfeito


Autora: Catarina Mexia

O Verão é uma altura propícia para o aparecimento de preocupações com a imagem corporal, excessos de peso e pequenas gordurinhas que estão fora do sítio. Somos educados para cultivarmos uma apresentação agradável, mas particularmente as mulheres consideram ter necessidade de uma determinada forma para serem consideradas atraentes. E não é difícil encontrar razões por que muitas delas consideram que uma boa aparência passa por ter um corpo bem delineado, magro e com as medidas certas. Na verdade, todos somos diariamente confrontados com formas corporais que a maior parte de nós não possui, mas senti-mos necessárias para assegurar uma relação amorosa ou íntima bem sucedida.
Muitas mulheres estão mesmo convencidas de que não conseguem encontrar o seu "príncipe encantado" se não forem louras, tiverem pernas longas e bem torneadas, um peito generoso e uma pele fabulosa. Também os homens sentem este peso, acreditando que chamam a atenção do sexo oposto mais facilmente se tiverem um corpo bem trabalhado, um cabelo magnífico e uma pele perfeita. A realidade, porém, não é necessariamente esta.

Padrões de beleza. Cada cultura tem padrões de beleza que mudam com os tempos. Os padrões de beleza que conhecemos e pretendemos atingir, e que estão na sua maioria presentes nas revistas, são a excepção — e por isso são escolhidos para as revistas. No entanto, muitas pessoas parecem esquecer esta realidade.

Alguns estudos demonstram que enquanto as preferências expressas por um grupo de homens que indicavam gostarem de mulheres com uma figura bem equilibrada, muitas mulheres achavam que esses mesmos homens prefeririam mulheres mais magras. Um outro estudo mostrou que o tamanho do peito, que as mulheres consideram ter que ser grande, não correspondia à preferência dos homens que preferiam um peito bem dimensionado e firme, independentemente do tamanho. Outro ainda veio mostrar que a maioria dos homens inquiridos valorizava mais a atracção do olhar e dos olhos da mulher do que as outras partes do corpo, como as ancas, o peito ou as pernas.
Algo que parece um pouco contraditório prende-se com o facto de as mulheres continuarem a considerar fundamental a sua aparência, em detrimento de qualidades como a beleza interior ou força de carácter. Mas na realidade o que desperta a atenção entre um homem e uma mulher?

Regras da atracção.
A atracção entre homens e mulheres parece tratar-se de um fenómeno químico baseado nas secreções corporais conhecidas por fenormonas. Os cientistas sabem que os animais utilizam as fenormonas para cortejarem o sexo oposto, mas ainda não conseguiram determinar a sua real importância nos humanos, apesar de considerarem que parece funcionar da mesma forma e com objectivos semelhantes aos do reino animal. A considerarmos hipótese, coloca- se outra questão: será a atracção também o produto de um processo mental baseado na análise e escolha racionais das características corporais do companheiro, ou será o resultado de uma programação primária com milhões de anos? Na verdade, o ideal de beleza varia de cultura para cultura e tem sofrido um longo processo evolutivo. E o nosso conceito de beleza, o da sociedade ocidental, deve muito à cultura grega, a primeira a divulgar a ideia de que um corpo bonito tinha que ser alto e bem torneado. As proporções das suas estátuas marcaram toda a arte, desde a Idade Média até aos dias de hoje, em que os modelos são escolhidos para estarem presentes nas revistas continuam a obedecer a estes padrões. Mesmo assim, muitos dos modelos são ainda mais magros, uma tendência que parece ter-se desenvolvido na segunda metade do século XX.
Outro aspecto desta realidade parece estar relacionado com os media, onde encontramos mais facilmente a última dieta da artista X ou Y do que artigos acerca da forma como alguém conseguiu tornar-se uma mulher de negócios ou uma profissional bem sucedida.

Ponto de equilíbrio. A solução para quem se vê envolvido neste dilema passa por encontrar um ponto de equilíbrio. Se por um lado a pressão do exterior não pode ser ignorada, por outro sabemos no nosso íntimo que a beleza interior é um dos elementos fundamentais para que qualquer relação prospere. Apesar de a beleza exterior ajudar a que o romance dure e ambos os elementos do casal se sintam menos vulneráveis às diferenças entre eles e os modelos exteriores, nem a mulher nem o homem devem ser escravos dessa realidade ou terem necessidade de fazerem comparações. O melhor compromisso é não procurar soluções milagrosas ou fáceis, nem tentar ir para além daquilo que o nosso corpo, bem-estar pessoal e qualidade de vida permitem.

A elegância física deve ser resultado de uma alimentação saudável e equilibrada.
Somos o produto dos nossos genes e (ainda!) não podemos alterar a compleição de base. Se a aparência física é determinante para o nosso bem-estar talvez seja preciso avaliarmos o nosso nível de auto-estima.

Os modelos exteriores são apenas referências. Todos podemos sonhar, mas se o sonho substitui a realidade sobra-nos apenas a insatisfação constante.

Costumamos dizer que os gordos são mais felizes. Gordura em excesso não é bom, mas a felicidade é muito saudável e estarmos a retraírmo-nos constantemente não faz ninguém feliz.

O exercício físico tem um duplo mérito: ajuda-nos a encontrar uma forma saudável e produz endorfinas que contribuem para o nosso bem-estar.